Professores paralisam atividades na região Metropolitana
Categoria, que está em estado de greve, reivindica implantação do piso nacional
Dentro do movimento de estado de greve, professores paralisaram as atividades por meio turno na manhã desta quarta-feira em algumas escolas de Porto Alegre, Gravataí, Canoas e São Leopoldo. Com a interrupção das aulas, eles se reuniram, junto com alunos, na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. A ideia do movimento, que tem apoio do Cpers/Sindicato, é manter o diálogo com a comunidade escolar sobre as reivindicações do magistério junto ao governo do Estado.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEC), o movimento não prejudicou as atividades nas escolas, já que as paralisações foram pontuais. Em frente ao Piratini, professores colocaram faixas e, com carro de som, chamaram a atenção para pontos de divergência com o governo. Segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, a principal questão é o fato de o Executivo se negar a discutir o pagamento do piso salarial da categoria. Além disso, mesmo com os reajustes aprovados no mês passado, os salários continuam defasados, comprometendo a qualidade do ensino público. “O governo está deixando a educação de lado e não podemos aceitar essa situação”, afirmou. Dentro dos atos de mobilização, um das maiores foi em frente ao Colégio Júlio de Castilho. No intervalo do turno da manhã, professores e alunos se juntaram em frente à sede, na avenida João Pessoa. O protesto provocou problemas no trânsito, que ficou lento na região. Segundo a diretora do 39º Núcleo do Cpers, Marly Cambraia, o movimento tem ainda como finalidade o alerta para o desmonte do ensino médio, por meio da proposta do Executivo. O Cpers considera o projeto similar a outras iniciativas desastrosas, como o calendário rotativo, do ex-governador Alceu Collares, ou as Lições do Rio Grande, da gestão de Yeda Crusius. No dia 4 de maio, a categoria se reunirá novamente em assembleia geral no Gigantinho, onde serão discutidas as próximas ações de pressão contra a administração estadual. Neste período, Rejane lembrou que a campanha de diálogo com a sociedade está mantido. Fonte: Mauren Xavier / Correio do Povo |
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