segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Seguem os assassinatos dos sindicalistas e dos professores colombianos


Repudiamos e condenamos o infame assassinato do professor Leonardo García Morera e de Juan Carlos Pérez.

García Morera era professor da Instituição Educativa El Naranjal, na vila da área rural El Catre do município de Bolívar no departamento (estado) Valle del Cauca. García Morera era afiliado ao sindicato Único dos Trabalhadores da Educação do Valle del Cauca – SUTEV.

Os fatos aconteceram na quarta-feira, 13 de fevereiro, quando Leonardo García foi desaparecido no médio dia por homens armados que não se identificaram, mas que ao parecer fazem parte das estruturas mercenárias do paramilitarismo. Em horas da noite foi encontrado seu corpo com impactos de armas de fogo.

Quinze dias antes, 28 de janeiro, havia sido assassinado Juan Carlos Pérez, um dos líderes do sindicato dos cortadores de cana SINTRAINAGRO, no mesmo departamento do Valle del Cauca.

Estes fatos acontecem ao parecer como resposta ao fortalecimento do sindicalismo nesta região da Colômbia, que desde o ano passado estava aumentando pela fusão de alguns sindicatos rurais e pelas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras por melhores condições laborais e respeito a seus direitos.

A impunidade galopante, as violações aos direitos humanos, a falta de garantias para o exercício sindical, para que se respeitem os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras na Colômbia fazem deste país o lugar mais perigoso para o sindicalismo e para o labor da educação.

Lutar por uma melhor vida e por uma educação de qualidade. Pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras exigem construir caminhos para a paz com soberania, justiça social e democracia.

Exigimos que o Estado colombiano garanta os direitos humanos e as condições necessárias para o exercício sindical. Que se creem as condições necessárias para a superação do conflito com uma solução política e que se permita a participação das organizações populares, que são as vítimas da violência do Estado. Que o Estado respeite a vida e o direito a ser oposição e de construir alternativas para uma Colômbia diferente e em paz.

Fazemos um chamado à solidariedade das organizações brasileiras e de América Latina para duplicar esforços na construção de solidariedade, de incluir dentro de suas agendas a situação colombiana e pressionar ao governo colombiano a que respeite os direitos sindicais e os direitos humanos do povo colombiano e que possibilite uma saída política para a superação do conflito social, político e armado que vive esse país.

Chamamos a Construir para o mês de maio um Fórum pela Paz na Colômbia para que seu povo tenha a paz com soberania, democracia e justiça social.  

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